domingo, 7 de setembro de 2014
Quando dá certo e nos tornamos mães: o outro lado da moeda
Hoje gostaria de falar aqui no blog algo pouco comentado entre nós tentantes. Engravidei, deu tudo certo, nasceu. E agora?
Sempre quis ser mãe, sofri muito pra atingir esse objetivo emocionalnente, fisicamente e financeiramente, blá, blá, blá. Isso não é novidade pra ninguém. Agora, o que é uma afronta pra mim e certamente para muitas outras por aí são comentários do tipo: vc não lutou tanto pra ter, agora agüenta!!!
Explicando: a Maria Luisa parou de tirar sonecas de dia com um mês e meio. Ela tb tem muita dificuldade pra dormir a noite. Já tentei inúmeros métodos, todos que alguém possa mencionar aqui, possivelmente experimentei. Além disso ela ama colo. Não pode me ver ou estar ao meu lado que só quer ficar grudada em mim. Detalhe: tem sete meses e pesa dez quilos. Minha coluna e meu joelho estão arrebentados.
Quando estava conseguindo fazê-la dormir a noite inteira, aos sete meses, precisei desmamar. Antes que alguém me critique isso não foi uma decisão minha, mas necessária por questões pessoais. Se já era difícil estabelecer uma rotina na vida da Maria Luisa sem os sonos diurnos, agora, então... Passo a noite tentando acalma-la. Ela não entende o motivo da insônia e do estresse e fica mais nervosa.
Felizmente ela não percebeu que tirei o peito pq os enfaixei para que não sentisse o cheiro do leite e ela aceita muito bem a mamadeira, apesar de detestar a chupeta. Estamos assim há uma semana. Some-se a isso o fato de eu ter que lidar com os efeitos colaterais do Dostinex, remédio que tomei pra secar o leite, os peitos empedrados, vazando, minha tristeza imensa em abandonar esse ato que tanto amei em desempenhar que é a amamentação (sem falar no tanto que acalma a minha filha) e as noites sem dormir.
Então, voltando ao tema original, antes de criticar uma mãe ou fazer uma Brincadeirinha irônica dizendo que ela quis o filho, lembre-se dessa rotina de uma mãe de bebê novinho ou de um bebê mais "demading" (exigente, como no meu caso):
Acordar, não escovar os dentes e, com sorte, fazer um xixi
Preparar mamadeira com tudo que já deixei organizado no quarto na noite anterior enquanto ela berra de fome
Por pra arrotar e trocar fralda
Por pra tomar sol
Levar pra sala e fazer malabarismos pra distrai-la enquanto lavo e esterelizo as mamadeiras sujas
Trocar de roupa, escovar dentes/ cabelo
Tentar tomar meu café enquanto dou fruta pra ela
Passear de carrinho
Responder emails, trocar fraldas, brincar
Dar almoço, trocar fralda
Almoçar
Mamadeira
Brincar
Trocar fralda
Dar fruta
Lavar e esterelizar mamadeiras
Tentar trabalhar um pouquinho
Trocar fralda
Dar o jantar
Preparar as mamadeiras da noite
Preparar o banho
Dar o banho
Mamadeira
Por pra dormir
Eu janto
Arrumo a bagunça do dia que deixei pra trás
Escrevo meus artigos (afinal, tenho que "trabalhar"!!! - pq preciso da grana, me manter no mercado e tb pq adoro demais a minha profissão e a satisfação que ela me traz. Escrever me revigora).
Coloco as roupinhas dela de molho no vanish
Faço carinho na Garota, minha cachorrinha
As vezes converso com meu marido, quando ele está em casa e não narrando jogo
Por fim, durmo até a hora em que ela chorar
Nos fins de semana faço as papinhas da semana e congelo
Mesmo assim: amo a minha filha e a minha vida. MAS: isso não me tira o direito de ficar cansada, esgotada, e de reclamar e desabafar, independentemente se eu engravidei de primeira ou se levei anos e muitos tratamentos para tal. Não é o fato do tanto que desejei a minha filha que agora precisa
aumentar o meu fardo e eu me tornar uma zumbi ambulante, aceitando tudo com normalidade. Nós, mães de qualquer circunstância, merecemos respeito, AJUDA, e admiração.
Obs.: desculpem pelos erros de digitação, escrevi no bloco de notas do celular enquanto a Maria mamava no meu colo
quinta-feira, 31 de julho de 2014
Quando o resultado da FIV é negativo
"Morre um capim, nasce outro".
Quando fiz a minha primeira fertilização completa (na anterior o ciclo foi precocemente cancelado) eu não fazia muita ideia do que estava por vir. O médico me animava dizendo que por eu ser jovem minhas chances eram ótimas.
Próximo ao dia marcado para fazer o beta um discreto sangramento começou a surgir. O médico me tranquilizou explicando que nem todo sangramento era ruim, afinal, poderia ser nidação.
Porém, rapidamente ele foi aumentando. Colhi o exame de sangue aos prantos, pois minutos antes eu já tinha constatado o aumento do fluxo.
A tarde, do trabalho mesmo, deparei-me com o detestável negativo. Não conseguia mais trabalhar, pois as lágrimas me venciam.
Fui pra casa. Ainda tinha pela frente outra missão doloridíssima: dar a notícia ao meu marido. Além da tristeza que eu sabia que o abateria eu me sentia culpada, envergonhada e fracassada por não ter engravidado. Todos aqueles castelos de areia que construí sobre as formas que daria a feliz notícia do positivo a ele ruíram, zombando da minha tristeza.
Após muito chorar, resolvi ler um pouco pra relaxar. Peguei a biografia do meu amado Chico Xavier que comprara há pouco.
Eis que na primeira página, leio: "morre um capim, nasce outro". Nem preciso dizer o quanto mais chorei ao ler aquilo. Mas foi justamente o que me renovou as forças pra prosseguir.
Depois ainda enfrentei outros quatro negativos e um aborto. E a cada um deles me apeguei ao recado do grande Chico.
Hoje escrevo esse post com minha filha Maria Luisa, de seis meses, no meu colo. Ou seja: meu capinzinho nasceu!! Foram muitos lutos pra chegar até aqui. Pensei em desistir. Mas meu sonho maior de ter isso que tenho hoje apagava as mágoas e me renovava a fé.
Dedico esse texto a uma queridíssima amiga. Ela me concedeu a honra de acompanhar seu primeiro tratamento que, infelizmente hoje teve um desfecho negativo.
Nessas últimas duas semanas eu vi partes da minha história através da dela. E hoje o choro dela e do esposo dela também foi meu.
Amiga, não desista! As vezes a raiz do capim é mais funda do que imaginamos, por isso demora pra atingir a superfície. Mas a persistência, aliada a resignação, ao foco, a força e a fé nos levam ao que antes parecia ser impossível.
Creia: seu bebezonho virá. Basta esperar que, na hora de Deus, Ele irá enviar.
Se você que me lê também está passando por situação parecida, receba meu carinho.
Quando fiz a minha primeira fertilização completa (na anterior o ciclo foi precocemente cancelado) eu não fazia muita ideia do que estava por vir. O médico me animava dizendo que por eu ser jovem minhas chances eram ótimas.
Próximo ao dia marcado para fazer o beta um discreto sangramento começou a surgir. O médico me tranquilizou explicando que nem todo sangramento era ruim, afinal, poderia ser nidação.
Porém, rapidamente ele foi aumentando. Colhi o exame de sangue aos prantos, pois minutos antes eu já tinha constatado o aumento do fluxo.
A tarde, do trabalho mesmo, deparei-me com o detestável negativo. Não conseguia mais trabalhar, pois as lágrimas me venciam.
Fui pra casa. Ainda tinha pela frente outra missão doloridíssima: dar a notícia ao meu marido. Além da tristeza que eu sabia que o abateria eu me sentia culpada, envergonhada e fracassada por não ter engravidado. Todos aqueles castelos de areia que construí sobre as formas que daria a feliz notícia do positivo a ele ruíram, zombando da minha tristeza.
Após muito chorar, resolvi ler um pouco pra relaxar. Peguei a biografia do meu amado Chico Xavier que comprara há pouco.
Eis que na primeira página, leio: "morre um capim, nasce outro". Nem preciso dizer o quanto mais chorei ao ler aquilo. Mas foi justamente o que me renovou as forças pra prosseguir.
Depois ainda enfrentei outros quatro negativos e um aborto. E a cada um deles me apeguei ao recado do grande Chico.
Hoje escrevo esse post com minha filha Maria Luisa, de seis meses, no meu colo. Ou seja: meu capinzinho nasceu!! Foram muitos lutos pra chegar até aqui. Pensei em desistir. Mas meu sonho maior de ter isso que tenho hoje apagava as mágoas e me renovava a fé.
Dedico esse texto a uma queridíssima amiga. Ela me concedeu a honra de acompanhar seu primeiro tratamento que, infelizmente hoje teve um desfecho negativo.
Nessas últimas duas semanas eu vi partes da minha história através da dela. E hoje o choro dela e do esposo dela também foi meu.
Amiga, não desista! As vezes a raiz do capim é mais funda do que imaginamos, por isso demora pra atingir a superfície. Mas a persistência, aliada a resignação, ao foco, a força e a fé nos levam ao que antes parecia ser impossível.
Creia: seu bebezonho virá. Basta esperar que, na hora de Deus, Ele irá enviar.
Se você que me lê também está passando por situação parecida, receba meu carinho.
quarta-feira, 4 de junho de 2014
Minhas desculpas e artigo novo: Estresse no trabalho pode comprometer fertilidade do casal
Um grande abraço,
D.A
quinta-feira, 20 de março de 2014
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
O nascimento da minha filha
Nessa minha jornada pelos tratamentos para engravidar, ouvi de mais de um médico a seguinte frase: o sucesso desse tratamento não é resultado do beta positivo, mas sim, o bebê no colo da mãe.
Eu experimentei na pele o que essa frase quer dizer. Em agosto de 2012 recebi meu beta positivo. Em outubro do mesmo ano, recebi a notícia do aborto retido.
Em junho de 2013, dois dias antes do meu aniversário, fui presenteada com uma nova gravidez. Claro que a notícia chegou em meio a muita alegria, mas dessa vez, eu e meu marido resolvemos comemorar cada dia como uma nova vitória.
A minha gestação não foi fácil. Com 10 semanas, o primeiro susto. Um sangramento. Pânico. Desespero. Medo de já ter visto esse filme. Tive uma placenta com inserção baixa o que causou essa pequena hemorragia. Foram quase três meses de repouso. A cada ultrassom, nós ficávamos sem ar. Eu não dormia na véspera, chorava, orava, implorava a Deus.
E assim vencemos essa etapa. No fim do ano, já com 34 semanas, um novo susto: contrações e um pouco de dilatação. Foram dois dias internada tomando um medicamento que ajuda a inibir as contrações. Passei o reveillon na cama, ao lado do Vinicius, meu marido, dos nossos cachorros, o Sheik e a Garota, e a nossa bebê, firme e forte em meu ventre.
Foram mais quatro semanas de repouso. Novamente, fiquei na casa dos meus pais. Nem sei o que faria sem o apoio incondicional deles, do meu marido e de toda a família e amigos.
No fim da gestação o ultrassom mostrou que, além da minha filha ser bem grande, a placenta já estava no último grau de maturação e o líquido amniótico já não estava tão límpido.
Apesar do desejo de vivenciar um parto normal, a preocupação e a ansiedade falaram mais alto. Marcamos a minha cesárea para o dia 28 de janeiro de 2014.
Hoje faz vinte e dois dias que a Maria Luisa nasceu. Ainda me sinto anestesiada. Em tão pouco tempo a minha vida deu uma guinada de 360 graus. As vezes sinto que a gravidez foi um sonho. Talvez por eu ter passado por tantas intercorrências, não tenha tido aquela gestação de novelas, romântica, cheia de sonhos. Claro que procurei curtir tudo, planejei o quarto, comprei o enxoval, aproveitei e me emocionei com cada movimento dela (já sinto tanta saudade!!). Mas eu nunca conseguia ficar com o meu coração 100% em paz. Tudo me assustava.
Naquela terça-feira, 28/01, acordei cedo, tomei banho e me arrumei com capricho. Afinal, eu estava a caminho de um dos dias mais importantes da minha vida: o nascimento da Maria Luisa.
Fui para a maternidade com o Vinicus. Meus pais iriam a seguir. Chegamos lá no horário combinado e fizemos os papeis da internação. Ao entrar no quarto, a enfermeira já me esperava com a camisola em mãos para eu vestir. Fiquei apavorada, pois o médico havia dito que meu parto seria por volta das nove da manhã. Eram sete horas!
Segui as orientações dela para me trocar e para separar as roupinhas da neném. Eu nem havia escolhido qual ela usaria primeiro.
Fui para o centro cirúrgico acompanhada dela e do meu marido. Chegando lá, fui transferida para a maca de cirurgia. Meu medo era tamanho que eu não conseguia parar de tremer, meus dentes batiam como se eu estivesse com muito frio.
Logo comecei a ver rostos conhecidos. Meu pai, que também acompanhou o parto, chegou junto com os outros médicos. Fiquei super feliz em saber que o anestesista que me atenderia foi o mesmo que fez o parto da minha mãe quando nasci. Sou super apegada a esses detalhes e adorei.
O meu obstetra, Dr. Wilson Ottoboni, também é um profissional e ser humano sensasional. Ele me inspira total confiança e foi responsável por me ajudar a passar por cada semana da gestação.
Todos os outros membros da equipe foram super competentes e carinhosos. Minha gratidão a cada um deles, inclusive ao Dr. Wagner Marques, ultrassonografista. Ele nos transmitiu muita confiança, é super detalhista e nos acalmava a cada novo exame, felizmente sempre trazendo notícias boas e imagens deliciosas da nossa bebê (temos um trauma de ultrassom, pois foi realizando um que descobrimos o aborto retido na outra gestação).
Bem, apesar de me considerar corajosa, tinha pavor da cesárea! Uma coisa é ser operada após uma anestesia geral, em que não se vê nada. Outra é ficar deitada, imóvel, acordada, sabendo que sua barriga está sendo aberta. O fato de não ter controle da situação ao mesmo tempo de ter consciência plena de todo procedimento me deixava muito temerosa.
Não vou descrever todo o parto aqui para não virar um livro. Posso dizer que apesar de todo o meu medo, correu tudo bem. Foi tudo muito rápido, mais do que eu imaginava, e tranquilo. Vou disponibilizar um link abaixo que mostra esse momento.
Durante a gravidez eu fiz uma seleção de músicas significativas para mim e colocava sempre para a Maria Luisa ouvir. No dia do parto levei meu celular e fiquei ouvindo essas canções na sala de cirurgia. Infelizmente no momento em que ela nasceu eu estava tão grogue que não consegui colocar as músicas, conforme idealizei.
Esse foi o desfecho da minha trajetória. Foram quatro anos, sete FIVs, infinitas lágrimas - suficientes para acabar com o atual racionamento de água! -, raiva, revolta, angústia, e.... Uma imensurável felicidade!
Assim como vocês eu também passei por todo o processo da infertilidade. Fiz exames, ralei que nem uma doida pra juntar dinheiro com meu marido, abri mão de um monte de coisas pra economizar, senti vergonha de contar às pessoas, tive medo, me frustrei a cada negativo, achei que não fosse conseguir, pensei em desistir.
Mas.... A cada novo tratamento eu me sentia menos imatura, mais fortalecida e calejada. E, aos poucos, fui compreendendo que a coisa só aconteceria no tempo de Deus. Não é fácil esperar, especialmente quando a gente quer muito algo e também por eu ser tão imediatista. Foi uma prova dura a ser cumprida.
Eu e o Vinicius suportamos e vencemos todos os obstáculos que nos foram impostos. O que eu posso dizer disso tudo? VALEU A PENA!! Faríamos tudo de novo? SIM!!!
Hoje não sou mais dona do meu tempo e nem da minha vida. Eu já estava ensaiando escrever esse texto há dias, mas sempre que pensava em abrir o notebook, a Maria Luisa precisava de mim. Agora sou 100% dela. E estou realizada!
Nos primeiros dias não podia olhar para ela que eu começava a chorar - isso ainda acontece de vez em quando. Eu tenho uma mistura de sentimentos em meu coração, tudo o que se acumulou nesses anos. Ver a minha bebê é a certeza de que tudo deu certo. Peço muito a Deus para me ajudar a ser a melhor mãe possível e também para que me dê a oportunidade de retribuir a Ele essa graça maravilhosa.
Uma vez eu já postei aqui a frase de Chico Xavier: "A fé é a ausência da dúvida". Hoje eu a repito para confirmar que, apesar dos pesares, eu e o Vinicius nunca duvidamos que nossa filha chegaria. Não havia dúvidas, mesmo nos momentos de maior tristeza.
Espero que a minha história revigore o coração daqueles que estão ainda no meio do caminho, matando os vários leões por dia e suportando as provações. Não desistam! Vale a pena.
Esse é um pequeno vídeo que registra o momento mais sublime da minha vida, o nascimento da Maria Luisa.
http://youtu.be/akSzQUSWmB0
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Tratamento GRATUITO para engravidar - saiba mais
Meninas, tudo bem? Recebi hoje a seguinte informação:
Termina dia 31 de
janeiro o prazo para as inscrições de tratamento
gratuito na Associação
Instituto Sapientiae.
Podem participar casais e mulheres solteiras com renda
familiar
inferior a R$ 2.000. A inscrição pode ser feita
pelo site do instituto
(www.sapientiae.org.br),
sendo necessário o envio de um
comprovante de
renda via Correios até 1º de fevereiro.
Tratamento Gratuito Casais | O que é?
A Associação Instituto Sapientiae, em parceria com a Faculdade de Medicina de Jundiaí,
oferecemos um Programa de Tratamento Gratuito para Infertilidade Conjugal.
As inscrições para o Programa de Tratamento Gratuito para o ano de 2013 já foram encerradas.
Como o Programa de Tratamento Gratuito é anual, vocês poderão inscrever-se para o Programa 2014.
As inscrições são feitas diretamente aqui no nosso site, sendo obrigatório com
o preenchimento da ficha de inscrição que estará disponível a partir da metade
do mês de outubro de 2013. Nós não enviamos ficha de inscrição por email.
A seleção não é por ordem de inscrição, portanto, a ficha pode
ser preenchida em qualquer data entre outubro de 2013 e janeiro de 2014.
Se vocês tiverem mais dúvidas, consultem o link Perguntas Frequentes.
http://www.sapientiae.org.br/tratamento.htm
Se você se encaixa neste perfil, não perca tempo! Este Instituto é reconhecido por
sua dedicação ao estudo e pesquisa. Boa sorte!
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Ausência temporária do blog
Pessoal,
a partir de hoje ficarei um pouco distante das atividades do blog.
Começo a me preparar para a chegada da minha filha, que está na iminência de acontecer.
Agradeço por todas as visitas e comentários. Espero que mesmo sem atualização constante, o blog permaneça ajudando a muitas pessoas e promovendo encontros, discussões saudáveis e mantendo a esperança e a fé acesas.
Por mais que surjam obstáculos e decepções no caminho, eu garanto: vale a pena prosseguir!
A vida nos leva por caminhos às vezes tortuosos e escuros, mas o destino final é aquele que tanto desejamos. Por isso, precisamos enfrentar os buracos, pneus furados e motores fundidos pra completar essa viagem. A paisagem final é fenomenal!
Contem sempre com as minhas vibrações positivas e com a minha torcida.
Assim que possível, estarei de volta.
Um abraço carinhoso,
Dani
a partir de hoje ficarei um pouco distante das atividades do blog.
Começo a me preparar para a chegada da minha filha, que está na iminência de acontecer.
Agradeço por todas as visitas e comentários. Espero que mesmo sem atualização constante, o blog permaneça ajudando a muitas pessoas e promovendo encontros, discussões saudáveis e mantendo a esperança e a fé acesas.
Por mais que surjam obstáculos e decepções no caminho, eu garanto: vale a pena prosseguir!
A vida nos leva por caminhos às vezes tortuosos e escuros, mas o destino final é aquele que tanto desejamos. Por isso, precisamos enfrentar os buracos, pneus furados e motores fundidos pra completar essa viagem. A paisagem final é fenomenal!
Contem sempre com as minhas vibrações positivas e com a minha torcida.
Assim que possível, estarei de volta.
Um abraço carinhoso,
Dani
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
Ano novo, sonhos renovados
Primeiramente, desejo a todos os leitores um excelente início de ano.
Essas datas festivas nos deixam reflexivos, levando-nos ao famoso "balanço" dos últimos meses.
Quando se tem um desejo / objetivo voltado à gravidez, ele torna-se ainda mais latente neste período.
Digo isso por experiência própria, de quem já "comemorou" diversos reveillons com o coração apertado, triste, inconformado e vazio pela ausência do esperado bebê.
Hoje encontro-me em uma situação diferente, pois finalmente fomos agraciados com a vinda da Maria Luisa. Mas não me esqueço da dor e da frustração que foram os anos precedentes a ela.
E não deixo de pensar em minhas companheiras/os de luta, que ainda estão aguardando.
Eu não tenho uma fórmula mágica - adoraria... - que alivie os sentimentos que incomodam o coração.
Infelizmente temos que enfrenta-los, matando um monstro ou mais por dia.
Mas eu sei que alimentar a esperança, a paciência e a fé são elementos fundamentais nesse processo.
Claro que já chorei, me desesperei, pensei em desistir, mudar de planeta se essa fosse uma opção, tudo para não lidar mais com os tratamentos.
Só que depois de um tempinho em sofrimento, meu coração serenava. E então, eu e meu marido reuníamos forças e captávamos os recursos necessários para recomeçar.
Não foi fácil! A gente chega até a se revoltar por trabalhar tanto e ver o dinheiro indo embora a cada injeção. E a raiva só piora com o resultado negativo.
Mas, uma coisa posso garantir: uma vez que esse cenário muda com o positivo, a gente esquece tudo. O coração se cicatriza e fica repleto de sangue novo para aguentar as novas emoções, a do nosso filho.
Esse meu fim de ano não poderia ter sido mais emocionante. Grávida de 34 semanas, no dia 29/12 passei o dia com dores estranhas na parte inferior do abdômen. Até que elas foram se intensificando, eu não encontrava posição que melhorasse. A noite finalmente fui ao médico e descobri que estava iniciando um trabalho de parto prematuro!
Foi um susto, fiquei totalmente confusa, sentindo-me despreparada para o momento. Nem terminei de comprar as coisas do enxoval! Pra piorar, estava na cidade da família do meu marido. Resolvemos arriscar e viajamos na madrugada 100 quilômetros até a cidade dos meus pais, onde o hospital possui mais recursos.
Fiquei internada por dois dias tomando um medicamento para inibir as contrações e o corticoide para auxiliar o amadurecimento mais rápido dos pulmões da bebê. Saímos no fim do dia 31/12.
Tudo o que havíamos planejado para o reveillon foi desfeito. Passei de camisola, com as pernas elevadas na cama. Claro que senti uma peninha, afinal, desejei tanto comemorar esse ano! Mas, ao mesmo tempo, quando os fogos da virada começaram, foi uma sensação indescritível de alívio por ter virado não somente esse ano, mas essa página em nossas vidas.
Continuo de repouso, fazendo todo o possível para que nossa bebê se aquiete e venha ao mundo no momento certo.
E daqui, elevo meus pensamentos a cada um de vocês, que iniciam 2014 com a fé renovada e com muita garra para lutar. Vale a pena!! Que seus sonhos estejam mais fortalecidos do que antes. Apegue-se a tudo o que te dá forças e siga em frente. Na hora certa, Ele nos surpreende com o mais incrível presente: uma nova vida.
Um abraço carinhoso cheio de vibrações positivas.
D.A.
Essas datas festivas nos deixam reflexivos, levando-nos ao famoso "balanço" dos últimos meses.
Quando se tem um desejo / objetivo voltado à gravidez, ele torna-se ainda mais latente neste período.
Digo isso por experiência própria, de quem já "comemorou" diversos reveillons com o coração apertado, triste, inconformado e vazio pela ausência do esperado bebê.
Hoje encontro-me em uma situação diferente, pois finalmente fomos agraciados com a vinda da Maria Luisa. Mas não me esqueço da dor e da frustração que foram os anos precedentes a ela.
E não deixo de pensar em minhas companheiras/os de luta, que ainda estão aguardando.
Eu não tenho uma fórmula mágica - adoraria... - que alivie os sentimentos que incomodam o coração.
Infelizmente temos que enfrenta-los, matando um monstro ou mais por dia.
Mas eu sei que alimentar a esperança, a paciência e a fé são elementos fundamentais nesse processo.
Claro que já chorei, me desesperei, pensei em desistir, mudar de planeta se essa fosse uma opção, tudo para não lidar mais com os tratamentos.
Só que depois de um tempinho em sofrimento, meu coração serenava. E então, eu e meu marido reuníamos forças e captávamos os recursos necessários para recomeçar.
Não foi fácil! A gente chega até a se revoltar por trabalhar tanto e ver o dinheiro indo embora a cada injeção. E a raiva só piora com o resultado negativo.
Mas, uma coisa posso garantir: uma vez que esse cenário muda com o positivo, a gente esquece tudo. O coração se cicatriza e fica repleto de sangue novo para aguentar as novas emoções, a do nosso filho.
Esse meu fim de ano não poderia ter sido mais emocionante. Grávida de 34 semanas, no dia 29/12 passei o dia com dores estranhas na parte inferior do abdômen. Até que elas foram se intensificando, eu não encontrava posição que melhorasse. A noite finalmente fui ao médico e descobri que estava iniciando um trabalho de parto prematuro!
Foi um susto, fiquei totalmente confusa, sentindo-me despreparada para o momento. Nem terminei de comprar as coisas do enxoval! Pra piorar, estava na cidade da família do meu marido. Resolvemos arriscar e viajamos na madrugada 100 quilômetros até a cidade dos meus pais, onde o hospital possui mais recursos.
Fiquei internada por dois dias tomando um medicamento para inibir as contrações e o corticoide para auxiliar o amadurecimento mais rápido dos pulmões da bebê. Saímos no fim do dia 31/12.
Tudo o que havíamos planejado para o reveillon foi desfeito. Passei de camisola, com as pernas elevadas na cama. Claro que senti uma peninha, afinal, desejei tanto comemorar esse ano! Mas, ao mesmo tempo, quando os fogos da virada começaram, foi uma sensação indescritível de alívio por ter virado não somente esse ano, mas essa página em nossas vidas.
Continuo de repouso, fazendo todo o possível para que nossa bebê se aquiete e venha ao mundo no momento certo.
E daqui, elevo meus pensamentos a cada um de vocês, que iniciam 2014 com a fé renovada e com muita garra para lutar. Vale a pena!! Que seus sonhos estejam mais fortalecidos do que antes. Apegue-se a tudo o que te dá forças e siga em frente. Na hora certa, Ele nos surpreende com o mais incrível presente: uma nova vida.
Um abraço carinhoso cheio de vibrações positivas.
D.A.
Respostas aos comentários
Pessoal, peço desculpas por não ter respondido aos comentários no mês de dezembro.
Foi um período extremamente conturbado, pois tive que me dedicar ainda mais ao trabalho para poder desfrutar da minha licença-maternidade em breve.
Aos poucos, vou tentar organizar tudo por aqui.
Obrigada pela compreensão,
D.A.
Foi um período extremamente conturbado, pois tive que me dedicar ainda mais ao trabalho para poder desfrutar da minha licença-maternidade em breve.
Aos poucos, vou tentar organizar tudo por aqui.
Obrigada pela compreensão,
D.A.
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