conforme vocês solicitaram, conversei com a nutricionista da clínica Fertility (SP), Gabriela Halpern, sobre a influência da alimentação feminina nas taxas de gestação. Vejam o que ela me explicou:
"Publicamos recentemente um estudo no Jornal da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida que é muito interessante, pois demonstra que a mudança na alimentação exerce efeito positivo nos resultados dos ciclos. As mulheres que receberam orientação nutricional e mudaram os hábitos alimentares apresentaram mais chance de engravidar do que aquelas mulheres que não passaram em consulta.
As mulheres são orientadas a aumentar seu consumo de alimentos ricos em nutrientes (frutas, verduras, legumes, alimentos integrais, oleaginosas, que são castanhas como as nozes, castanha do Pará, avelã) e a controlar o consumo de gorduras (frituras, gordura trans), sódio (sal) e de carne vermelha. Vale a pena evitar também o consumo de frios, embutidos e refrigerantes.
Com relação às carnes o ideal é realizar um rodízio entre elas (carne vermelha - gordura trans, xenobióticos; peixe - pode ter excesso de metais pesados ex, mercúrio e frango - pode ter excesso de hormônios e promotores de crescimento).
Com relação ao peso, o ideal é que o casal tente engravidar com a alimentação mais equilibrada possível porque isso vai contribuir com a qualidade do embrião. Alguns trabalhos indicam que o peso interfere no tratamento, ou seja, mulheres acima do peso podem demorar um tempo maior para conceber, mas como isso é mais um fator que gera ansiedade no casal, acho que promover uma alimentação equilibrada, pensando num maior sucesso reprodutivo pode ser mais benéfico.
O café é um tema controverso, pois não existe um consenso. Costumo orientar o consumo de até 2 xícaras de café (cafeína) ao dia. Lembrando que o café não é a única fonte de ingestão de cafeína. Bebidas como o chá mate, chá preto, chá verde, refrigerante também possuem cafeína, e isso deve ser levado em consideração".
Para aquelas que desejam obter mais informações sobre o tema, eu recomendo a leitura do artigo publicado pela Gabriela e por seus colegas. Apesar de se tratar de uma publicação científica, a linguagem é acessível e fornece mais detalhes sobre o que ingerir (ou não). Ele está disponível no endereço: http://www.sbra.com.br/jornal/2013/01.pdf - página 16.
Um dos dados interessantes deste trabalho foi que as taxas de gestação foram bem maiores no grupo de mulheres que recebeu orientação nutricional e mudaram seus hábitos alimentares versus aquelas que não modificaram a sua alimentação: 46,9% x 28,6%. Ou seja, as mulheres que tiveram orientação nutricional apresentaram uma chance 2 vezes maior de engravidar do que as que não foram aconselhadas por uma nutricionista.
Um dos dados interessantes deste trabalho foi que as taxas de gestação foram bem maiores no grupo de mulheres que recebeu orientação nutricional e mudaram seus hábitos alimentares versus aquelas que não modificaram a sua alimentação: 46,9% x 28,6%. Ou seja, as mulheres que tiveram orientação nutricional apresentaram uma chance 2 vezes maior de engravidar do que as que não foram aconselhadas por uma nutricionista.
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