segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Congresso de Medicina Reprodutiva


Meninas, os especialistas do nosso país estão super envolvidos com o estudo e a pesquisa de novas técnicas ou de fatores que possam melhorar os tratamentos de reprodução assistida. 
Em breve o Brasil será sede de mais um congresso. Desejo a todos os participantes um ótimo aproveitamento e uma rica troca de experiências.

A Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva (SPMR) e a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), esta última comemorando seu 25º ano de fundação, promovem, de 6 a 9 de dezembro, o VIII Congresso de Medicina Reprodutiva e Climatério. Um dos destaques do evento é a rica lista de convidados internacionais já confirmada para o cruzeiro a bordo do MSC Preziosa, onde será realizado o evento.

Um destes nomes é o do Prof. Dr. Paul Devroey, do Centro de Medicina Reprodutiva da UZ Brussel (Universitair Ziekenhuis), Hospital Universitário de Bruxelas, pioneiro na técnica de fertilização in vitro ICSI (Injeção Intra-Citoplasmática), que ministrará três importantes palestras.

Na primeira delas, o especialista orientará sobre a apresentação de trabalhos científicos, abordando inclusive questões práticas, como o púlpito, o uso de apontadores a laser e até mesmo a linguagem corporal do palestrante. ”A comunicação de dados científicos é de suma importância. Para alcançar este objetivo, vários critérios devem ser respeitados. Para isso, diversos pontos devem ser cuidadosamente preparados, desde a quantidade de slides a ser apresentada e como será feita a transição entre eles, até a maneira como serão apresentadas as referências”, adianta o palestrante.

Na segunda participação do prof. Devroey, Do Oocito à Implantação, tratará de questões específicas de procedimentos de fertilização assistida. Segundo o especialista, no passado, o mais importante fator para a implantação era a relação entre a qualidade do oocito e a qualidade embrionária. “Nos dias de hoje, são considerados diversos outros fatores além destes, como o ambiente hormonal e a receptividade do endométrio. Também é preciso avaliar qual o meio hormonal ideal para estimular, decidir por embriões frescos ou congelados, sem esquecer da suplementação ideal da fase lútea, ou seja, após a ovulação.”

A terceira palestra tratará de um tema bastante específico: O futuro do GnRH agonista. Nesta participação, o especialista falará sobre as rotinas da Fertilização in Vitro (FIV) e das diferentes abordagens possíveis, de acordo com cada caso

Prof. Paul Devroey
Autor de 4 livros, co-autor de mais de 700 artigos e revisões, o prof. Dr. Paul Devroey já foi agraciado com 3 prêmios em seu país e outros 4 internacionais.
É, atualmente, diretor de Educação Médica da Federação Internacional de Sociedades de Fertilidade; membro honorário da Sociedade Belga de Medicina Reprodutiva e da Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia dos países de língua holandesa, além de membro do Grupo de Orientação em Planejamento de Recursos Humanos da Organização Mundial de Saúde (OMS), desde 2012.

VIII Congresso de Medicina Reprodutiva e Climatério
Para o dr. Newton Busso, membro da Sociedade Paulista de Medicina Reprodutiva (SPMR) e dr. César Fernandes, presidente da SOGESP, ambos coordenadores do evento, serão debatidas todas as principais conquistas da área, suas evoluções até hoje e, principalmente, as novidades que já estão sendo oferecidas ou virão em breve.
“Muitos dos temas que estarão em pauta já estão disponíveis em alguns dos centros mais avançados, inclusive no Brasil, e pouco a pouco sendo sedimentadas na prática diária mundial, como é o caso da investigação genética em reprodução assistida, qualidade de vida, avanços em anticoncepção e reposição hormonal. Também abordaremos o estabelecimento definitivo da criopreservação, ou seja, a vitrificação de gametas e embriões, que já existe há algum tempo, mas hoje é realizado com tecnologia mais moderna, atingindo um nível de resultado excelente.”

Reprodução humana no Brasil
Se nosso nível de conhecimento, tecnologia e know-how está em consonância com os ditos países de primeiro mundo, ainda engatinhamos no quesito social. Esta é a avaliação do dr. Newton Busso, que espera que eventos como este Congresso de Medicina Reprodutiva e Climatério possam chamar a atenção da classe médica, da sociedade e das lideranças políticas para esta grave deficiência vivida no país. “Hoje os tratamentos de reprodução assistida, apesar de disponíveis no país, não estão acessíveis a toda a população que necessita. Só têm acesso, hoje, aquelas que após anos conseguem o tratamento em um dos raros serviços públicos, ou os que têm condições financeiras para arcar com os custos em clínicas particulares.”

No entanto, o especialista afirma que a procura por estes tratamentos tende a aumentar. “As mulheres brasileiras, assim como acontece mundialmente, vêm buscando o seu espaço na sociedade, na área profissional, mas postergando demais a maternidade. É importante que os seus médicos conversem com elas sobre os prejuízos à fertilidade trazidos pelo avançar da idade. E se realmente a ideia de ter um filho tiver de ser adiada, então avaliar a possibilidade de congelar óvulos.”

Fonte: RG Eventos Corporativos

Um comentário:

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