A infertilidade geralmente é definida pelos médicos
como a incapacidade de conceber após pelo menos um ano de tentativas sem o uso
de métodos contraceptivos e de atividade sexual regular (pelo menos duas
relações sexuais por semana, com intervalos de 2-3 dias).
Ou então, de levar uma gestação ao termo, ou seja, alguns casais não têm dificuldades em engravidar, mas apresentam perdas recorrentes, o que também consiste em um tipo de infertilidade.
Geralmente, 85% dos casais conseguem uma gravidez após um ano e meio de tentativas (12 a 18 meses), sem a utilização de métodos contraceptivos.
Consequentemente, 15% dos casais após esse período precisarão de uma assistência médica especializada. De modo geral, a mulher contribui com 40% das causas de infertilidade do casal e o homem é o responsável pelos outros 40%. Os 20% restantes são causas mistas.
É importante saber que a fertilidade humana não
alcança 100% ao mês. Muito pelo contrário, somos umas das espécies mais
inférteis da natureza. Cada casal, em média, tem 20% de chance de alcançar uma
gravidez em cada mês (por ciclo fértil), alcançando 80-85% em um ano.
Por isso, se você e o seu companheiro(a) estão tentando engravidar há algum tempo e ainda não conseguiram, respire fundo. Muita calma nessa hora!
Em primeiro lugar, é preciso lembrar que somos regidos por uma das tecnologias mais complexas chamada cérebro. Ele tem uma ação direta sobre os nossos hormônios endócrinos e sexuais, que atuam em nosso ciclo reprodutivo. Se a nossa mente está totalmente voltada para este tema, parece que as coisas ficam mais difíceis de acontecer.
Inclusive, já foram publicadas algumas pesquisas indicando que mulheres vitimas de violência sexual têm uma chance maior de engravidar do que as que praticam o sexo consensual. Além de elas obviamente estarem no período fértil, o estresse da situação, parece favorecer o fato.
Nosso organismo é realmente muito complexo e cheio de mistérios. Portanto, se você ainda se encontra no período de 12 a 18 meses de tentativas, relaxe e... Mas, se esse prazo expirou, não se desespere.
A primeira coisa a fazer é agendar uma consulta com um médico da sua confiança, preferencialmente um ginecologista. Se possível, marido e esposa devem ir juntos.
Nessa primeira avaliação o médico fará uma série de perguntas para reunir o seu histórico e solicitará alguns exames, como: sorologias, ultrassom, espermograma, exames hormonais, imunológicos etc. Para mais informações, recomendo o acesso ao site do Dr. Arnaldo Cambiaghi, que tem informações muito relevantes: http://www.ipgo.com.br/exames-importantes-para-o-diagnostico-da-infertilidade-feminina/.
Com todos os exames em mãos, vocês voltarão ao consultório para uma avaliação dos resultados. A partir de então, será determinada a causa da infertilidade ou pode ser que sejam necessários exames complementares. Caso isso aconteça, não se desespere! A medicina não é uma ciência exata, como uma receita de bolo. Como o próprio nome diz, cada indivíduo é um ser único e precisa ser analisado individualmente.
Quando o diagnóstico estiver fechado, o médico irá lhe apresentar as opções de tratamento e, se for o caso, fazer o encaminhamento para o profissional de reprodução assistida.
Fontes:
- O que é infertilidade. Disponível em: <http://www.pro-criar.com.br/infertilidade>.
Acesso em: 21 de fevereiro de 2013.
- Kliff, S. Study: Rape victims have a higher pregnancy rates than other women. Disponível em: <http://www.washingtonpost.com/blogs/wonkblog/wp/2012/08/20/study-rape-victims-have-a-higher-pregnancy-rates-than-other-women/>. Acesso em: 21 de fevereiro de 2013.
- Herzog H. Why are rape victims more - not less - likely to get pregnant?. Disponível em: <http://www.huffingtonpost.com/hal-herzog/why-are-rape-victims-more_b_1823152.html>. Acesso em: 21 de fevereiro de 2013.
- Crédito da imagem: http://www.radio1340.com.br/noticia.php?id=11
- Crédito da imagem: http://www.radio1340.com.br/noticia.php?id=11
Saber que eu faço parte dos 15% é péssimo!
ResponderExcluirNão sinta-se mal, Sueli. Tente reverter esse sentimento pensando que estamos juntas nessa luta: eu, você e muitas outras mulheres. Você não está só. E, principalmente, que atualmente temos muitos recursos médicos para nos auxiliar. Com fé, determinação, e perseverança a gente vai conseguir. Se precisar conversar ou tiver dúvidas, apareça por aqui.
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