Quando li esta notícia na
mídia, fiquei mexida. Eu não sabia se estava chocada com o fato de uma mulher
de 61 anos ter se tornado mãe, pois pensava no futuro dessas crianças
considerando a idade dela, ou, se estava feliz, afinal, eu compartilho do sonho
dela. Acho que posso dizer que se trata de uma mistura de ambos.
Eu questiono um pouco os
limites éticos da medicina. Questiono, inclusive, até quando posso tentar
engravidar por meio da FIV. Eu já fiz 5 vezes. Qual é o limite, quando devo
parar? Quando acabar o dinheiro? Quando meu organismo não suportar mais? Eu já
sofro as consequências de tantas estimulações ovarianas. Minha barriga nunca
mais foi a mesma, tenho acne, cistos ovarianos... A Antônia foi corajosa.
Enfrentou a tudo e a todos e não deixou seu sonho morrer! Ela esperou até
quando fosse possível para ter seus bebês. E assim o fez.
Eu temo pelo futuro deles
pensando que ela não estará presente por muito mais tempo. Mas isso também é
imprevisível. A avó do meu marido tem 86 anos e é super ativa, às vezes sinto
que ela tem mais disposição físicado que
eu! Quem sou eu pra dizer até quando a Antônia estará aí para seus filhos?
Somente Deus! E se Ele permitiu a ela essa realização, que assim seja.
Antônia, que você e sua
família sejam felizes. Seus bebês são lindos e a sua história me emociona cada
vez que a revejo. Não, você não é avó! Você é uma super mãe, com todos os
méritos e predicados. E seus filhos certamente já têm muito orgulho e são
privilegiados de terem vindo ao mundo através de você.
Após cinco meses, mãe de gêmeos aos 61 anos brinca:
'Não sou avó'
Antônia Letícia afirma ter disposição de sobra para
cuidar sozinha dos dois.
Nascimento de Roberto e Sofia repercutiu na imprensa
internacional (Crédito da foto: Anna Gabriela Ribeiro / G1 Santos)
Cinco meses após o
nascimento que repercutiu na imprensa mundial, os gêmeos Roberto e Sofia,
filhos de Antônia Letícia Asti, de 61 anos, e José César Asti, de 55 anos,
ainda fazem sucesso por onde passam em Santos, no litoral de São Paulo. Quando
vão ao médico, eles sempre são reconhecidos. Para muitos, as crianças são
sinônimo de superação. A mãe garante que não falta disposição para trocar
fraldas, amamentar, brincar, levar às consultas e passear com os bebês.
Apesar da correria, comum a
qualquer mãe de gêmeos, Antônia Letícia afirma que não troca este momento por
nada. “Levo uma vida normal. Aproveito cada segundo ao lado deles e tenho
disposição de sobra para olhar as crianças. Não tenho ninguém para me ajudar a
olhá-los. Acredito que eu tive eles na hora certa. Se pudesse voltar no tempo,
não teria feito absolutamente nada diferente”, afirma.
Os bebês são calmos e
sorridentes. Roberto e Sofia nasceram prematuros e precisaram ficar internados
por mais de dois meses antes de receberem alta do hospital. Hoje, no entanto,
passam bem. O menino pesa 4,8 kg e a menina, 4,660 kg. Ambos se revezam nas mamadas no colo da mãe.
Inclusive, ela conta que prefere balançar um no carrinho e o outro no colo, e
que desta forma está funcionando bem. “Eles não são ciumentos, mas eu sempre
intercalo para pegar os dois”, diz.
Para Antônia, ter sido mãe
aos 61 anos não foi um problema. Ela afirma ter a mesma disposição de uma
mulher de 30 anos. Porém, conta que ainda sofre com algumas situações
delicadas. “As mães que me reconhecem sempre me parabenizam pelos bebês, mas
várias vezes já fui chamada de avó, perguntam qual o nome dos netos, essas
coisas. Não sou avó. Sempre tem alguém por perto para explicar que eu sou a
mãe”, relata.
Ela ainda brinca com a
situação e pede para que o menino fique de olho em Sofia. “Eu brinco com o
Roberto, dizendo que ele vai ter que ficar de olho na irmã dele nas festinhas,
porque aos 80 anos de idade eu não vou poder mais ficar indo atrás dela. É bom
que são dois irmãos. Assim ele pode cuidar dela”, conta.
Antônia Letícia também diz
que escolheu padrinhos jovens para os bebês. Todos têm menos de 30 anos. “Meus
sobrinhos vão ser padrinhos dos bebês. Escolhi padrinhos jovens porque de
velhos já bastam o pai e a mãe”, afirma. O batizado das crianças será realizado
em Aparecida do Norte, isto porque, segundo Antônia, ela fez o pedido para
engravidar dentro da Basílica de Nossa Senhora Aparecida e foi
"atendida".
Antônia está em
licença-maternidade. Ela ainda tem que voltar a trabalhar e vai contar com a
ajuda de uma irmã para olhar os bebês, já que o pai das crianças também
trabalha. Apesar da ajuda, ela não esconde a vontade de se aposentar. “O que eu
quero mesmo é passar o dia inteiro com eles, para ver eles crescendo e
aproveitar cada segundo”, conclui.
Fonte:
http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2013/04/apos-cinco-meses-mae-de-gemeos-aos-61-anos-brinca-nao-sou-avo.html
</strike>
Nenhum comentário:
Postar um comentário