Estudo que foi apresentado na Espanha pelo Centro de
Reprodução Humana do IPGO recebeu o nome de IEG (Infusão Endométrial de Gonadotrofina ) antes da transferência de
embriões, melhora as taxas de gravidez nos tratamentos de Fertilização in vitro
em até 30%
Um recente estudo realizado pelo Centro de Reprodução Humana
do IPGO, em São Paulo, foi apresentado na Espanha durante 5º Congresso do IVI
(Instituto Valenciano de Infertilidade) entre os dias 5 a 8 de abril de 2013. O
trabalho demonstrou que a infusão intra-uterina
do hormônio chamado gonadotrofina coriônica humana (hcg) – (Brevactid® ou
Choriomon®) aplicado antes da transferência de embriões nos tratamentos de
fertilização in vitro (FIV) aumenta as chances de sucesso em pacientes com
falhas repetidas em tratamentos anteriores. Este estudo prospectivo randomizado
foi realizado pelos médicos Arnaldo Schizzi Cambiaghi, Rogério B. F. Leão e
Amanda Alvarez foi batizado como o nome de IEG (Infusão Endométrial de
Gonadotrofina). Baseou-se na observação que nos últimos anos houve muito avanço
nas técnicas de reprodução assistida, mas a taxa de sucesso ainda está entre 30
a 50% por ciclo . Estima-se que 50 a 75% das causas são as falhas na
implantação sem motivos aparentes, portanto muito esforço vem sendo feito para
se tentar melhorá-la. Sabe-se que há vários fatores que contribuem para o
embrião conseguir se implantar ao útero e que a qualidade do embrião e a
receptividade do endométrio interferem nesse sucesso. A implantação é um
processo complexo e muitos fatores estão envolvidos como, por exemplo, a
gonadotrofina coriônica humana (hCG) – (Brevactid® ou Choriomon®). Esse
hormônio é secretado pelo embrião e tem papel fundamental na “penetração” do
embrião no endométrio e na regulação da tolerância imunológica ao embrião,
essenciais para implantação. Além disso o hcg regula a liberação de várias
substâncias importantes para esse processo. Dessa forma, surgiu a idéia de que
a infusão de hcg diretamente no endométrio poderia melhorar a taxa de
implantação.
Como foi realizado: entre Janeiro e Dezembro de 2012 foram
selecionadas 36 mulheres com indicação de FIV que apresentavam pelo menos 2
falhas prévias em ciclos de FIV com transferência de pelo menos 1 embrião.
Todas foram submetidas ao mesmo protocolo de indução da ovulação. No dia da
transferência de embriões (em fase de blastocisto), no Grupo 1, as pacientes
foram submetidas ao IEG com infusão de 500 IU de hCG 6 horas antes da
transferência de embriões. No Grupo 2, foram direto para a transferência,
seguindo o protocolo usual de todas as clínicas.
Resultados: Com o uso do IEG foram observados aumentos de
30% na taxa de gravidez clínica (38.8% vs 27.8%) e implantação (22,5% vs
15,8%). Entretanto, do ponto de vista estatístico, esta diferença não deve ser
considerada significativa, em decorrência do número de pacientes avaliados ser
pequeno.
A conclusão é que o procedimento parece aumentar a taxa de
implantação e gravidez clínica nos ciclos de FIV e representa uma boa opção
complementar em pacientes submetidas a estes tratamentos.
O IEG é mais uma possibilidade de tratamento que pode ser
incorporada na rotina dos tratamentos de fertilização que ainda não foram bem
sucedidos .
Referências:
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Fonte: http://www.ipgo.com.br/ipgo-apresenta-em-congresso-internacional-na-espanha-novo-tratamento-que-aumenta-as-chances-de-gravidez-na-fertilizacao-in-vitro/
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