sexta-feira, 5 de abril de 2013

Mãe aos 61 anos - o que pensar?


Quando li esta notícia na mídia, fiquei mexida. Eu não sabia se estava chocada com o fato de uma mulher de 61 anos ter se tornado mãe, pois pensava no futuro dessas crianças considerando a idade dela, ou, se estava feliz, afinal, eu compartilho do sonho dela. Acho que posso dizer que se trata de uma mistura de ambos.

Eu questiono um pouco os limites éticos da medicina. Questiono, inclusive, até quando posso tentar engravidar por meio da FIV. Eu já fiz 5 vezes. Qual é o limite, quando devo parar? Quando acabar o dinheiro? Quando meu organismo não suportar mais? Eu já sofro as consequências de tantas estimulações ovarianas. Minha barriga nunca mais foi a mesma, tenho acne, cistos ovarianos... A Antônia foi corajosa. Enfrentou a tudo e a todos e não deixou seu sonho morrer! Ela esperou até quando fosse possível para ter seus bebês. E assim o fez.

Eu temo pelo futuro deles pensando que ela não estará presente por muito mais tempo. Mas isso também é imprevisível. A avó do meu marido tem 86 anos e é super ativa, às vezes sinto que ela tem mais disposição físicado  que eu! Quem sou eu pra dizer até quando a Antônia estará aí para seus filhos? Somente Deus! E se Ele permitiu a ela essa realização, que assim seja.

Antônia, que você e sua família sejam felizes. Seus bebês são lindos e a sua história me emociona cada vez que a revejo. Não, você não é avó! Você é uma super mãe, com todos os méritos e predicados. E seus filhos certamente já têm muito orgulho e são privilegiados de terem vindo ao mundo através de você.

Após cinco meses, mãe de gêmeos aos 61 anos brinca: 'Não sou avó'

Antônia Letícia afirma ter disposição de sobra para cuidar sozinha dos dois.
Nascimento de Roberto e Sofia repercutiu na imprensa internacional (Crédito da foto: Anna Gabriela Ribeiro / G1 Santos)

Cinco meses após o nascimento que repercutiu na imprensa mundial, os gêmeos Roberto e Sofia, filhos de Antônia Letícia Asti, de 61 anos, e José César Asti, de 55 anos, ainda fazem sucesso por onde passam em Santos, no litoral de São Paulo. Quando vão ao médico, eles sempre são reconhecidos. Para muitos, as crianças são sinônimo de superação. A mãe garante que não falta disposição para trocar fraldas, amamentar, brincar, levar às consultas e passear com os bebês.
Apesar da correria, comum a qualquer mãe de gêmeos, Antônia Letícia afirma que não troca este momento por nada. “Levo uma vida normal. Aproveito cada segundo ao lado deles e tenho disposição de sobra para olhar as crianças. Não tenho ninguém para me ajudar a olhá-los. Acredito que eu tive eles na hora certa. Se pudesse voltar no tempo, não teria feito absolutamente nada diferente”, afirma.

Os bebês são calmos e sorridentes. Roberto e Sofia nasceram prematuros e precisaram ficar internados por mais de dois meses antes de receberem alta do hospital. Hoje, no entanto, passam bem. O menino pesa 4,8 kg e a menina, 4,660 kg.  Ambos se revezam nas mamadas no colo da mãe. Inclusive, ela conta que prefere balançar um no carrinho e o outro no colo, e que desta forma está funcionando bem. “Eles não são ciumentos, mas eu sempre intercalo para pegar os dois”, diz.
Para Antônia, ter sido mãe aos 61 anos não foi um problema. Ela afirma ter a mesma disposição de uma mulher de 30 anos. Porém, conta que ainda sofre com algumas situações delicadas. “As mães que me reconhecem sempre me parabenizam pelos bebês, mas várias vezes já fui chamada de avó, perguntam qual o nome dos netos, essas coisas. Não sou avó. Sempre tem alguém por perto para explicar que eu sou a mãe”, relata.
Ela ainda brinca com a situação e pede para que o menino fique de olho em Sofia. “Eu brinco com o Roberto, dizendo que ele vai ter que ficar de olho na irmã dele nas festinhas, porque aos 80 anos de idade eu não vou poder mais ficar indo atrás dela. É bom que são dois irmãos. Assim ele pode cuidar dela”, conta.
Antônia Letícia também diz que escolheu padrinhos jovens para os bebês. Todos têm menos de 30 anos. “Meus sobrinhos vão ser padrinhos dos bebês. Escolhi padrinhos jovens porque de velhos já bastam o pai e a mãe”, afirma. O batizado das crianças será realizado em Aparecida do Norte, isto porque, segundo Antônia, ela fez o pedido para engravidar dentro da Basílica de Nossa Senhora Aparecida e foi "atendida".
Antônia está em licença-maternidade. Ela ainda tem que voltar a trabalhar e vai contar com a ajuda de uma irmã para olhar os bebês, já que o pai das crianças também trabalha. Apesar da ajuda, ela não esconde a vontade de se aposentar. “O que eu quero mesmo é passar o dia inteiro com eles, para ver eles crescendo e aproveitar cada segundo”, conclui.

Fonte:
http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2013/04/apos-cinco-meses-mae-de-gemeos-aos-61-anos-brinca-nao-sou-avo.html
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