terça-feira, 7 de maio de 2013

Infertilidade e endometriose

QUAL É A RELAÇÃO ENTRE ENDOMETRIOSE E INFERTILIDADE? 

A endometriose, doença que afeta a vida de muitas mulheres, está intimamente relacionada à infertilidade. Restam, no entanto, algumas questões envolvendo o assunto: é a endometriose a causadora de infertilidade ou, por ser a mulher infértil, ela tende a adquirir a doença? É possível que as portadoras engravidem sem que o tratamento seja necessário? A doença causa falhas durante um tratamento de fertilização in vitro? Confira as respostas do médico Flávio Garcia de Oliveira no vídeo a seguir.


http://www.youtube.com/watch?v=q8kcogjRsEc

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Alimentação e FIV - para mulheres

Bom dia, pessoal,

conforme vocês solicitaram, conversei com a nutricionista da clínica Fertility (SP), Gabriela Halpern, sobre a influência da alimentação feminina nas taxas de gestação. Vejam o que ela me explicou:


"Publicamos recentemente um estudo no Jornal da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida que é muito interessante, pois demonstra que a mudança na alimentação exerce efeito positivo nos resultados dos ciclos. As mulheres que receberam orientação nutricional e mudaram os hábitos alimentares apresentaram mais chance de engravidar do que aquelas mulheres que não passaram em consulta.

As mulheres são orientadas a aumentar seu consumo de alimentos ricos em nutrientes (frutas, verduras, legumes, alimentos integrais, oleaginosas, que são castanhas como as nozes, castanha do Pará, avelã) e a  controlar o consumo de gorduras (frituras,  gordura trans), sódio (sal) e de carne vermelha. Vale a pena evitar também o consumo de frios, embutidos e refrigerantes.
Com relação às carnes o ideal é realizar um rodízio entre elas (carne vermelha - gordura trans, xenobióticos; peixe - pode ter excesso de metais pesados ex, mercúrio e frango - pode ter excesso de hormônios e promotores de crescimento).
Com relação ao peso, o ideal é que o casal tente engravidar com a alimentação mais equilibrada possível porque isso vai contribuir com a qualidade do embrião. Alguns trabalhos indicam que o peso interfere no tratamento, ou seja, mulheres acima do peso podem demorar um tempo maior para conceber, mas como isso é mais um fator que gera ansiedade no casal, acho que promover uma alimentação equilibrada, pensando num maior sucesso reprodutivo pode ser mais benéfico.
O café é um tema controverso, pois não existe um consenso. Costumo orientar o consumo de até 2 xícaras de café (cafeína) ao dia. Lembrando que o café não é a única fonte de ingestão de cafeína. Bebidas como o chá mate, chá preto, chá verde, refrigerante também possuem cafeína, e isso deve ser levado em consideração".
Para aquelas que desejam obter mais informações sobre o tema, eu recomendo a leitura do artigo publicado pela Gabriela e por seus colegas. Apesar de se tratar de uma publicação científica, a linguagem é acessível e fornece mais detalhes sobre o que ingerir (ou não). Ele está disponível no endereço: http://www.sbra.com.br/jornal/2013/01.pdf - página 16.

Um dos dados interessantes deste trabalho foi que as taxas de gestação foram bem maiores no grupo de mulheres que recebeu orientação nutricional e mudaram seus hábitos alimentares versus aquelas que não modificaram a sua alimentação: 46,9% x 28,6%. Ou seja, as mulheres que tiveram orientação nutricional apresentaram uma chance 2 vezes maior de engravidar do que as que não foram aconselhadas por uma nutricionista.



quinta-feira, 2 de maio de 2013

Pesquisa: origem do espermatozoide e implantação do blastocisto


Pesquisa comprova que origem do espermatozoide não é determinante para implantação do embrião em estágio de blastocisto

A transferência de embriões em estágio de blastocisto, após o cultivo estendido, resulta em taxas de implantação significantemente mais altas, quando comparada à transferência de embriões em estágios mais precoces de desenvolvimento.

Prolongar o período de cultura permite uma melhor seleção de embriões com maior potencial de implantação e uma melhor sincronização entre o útero e o estágio de vida do embrião. Além disso, por conta da elevada taxa de implantação, transferências de um único blastocisto são capazes de aumentar a chance de gravidez e reduzir o risco de gestações múltiplas.

Embora vários estudos tenham mostrado um melhor resultado da transferência de blastocisto, quando comparada à transferência de embriões em estágios mais precoces, nem todos os pacientes se beneficiam do adiamento da transferência de embriões. Vários fatores clínicos têm sido associados com o desenvolvimento de blastocistos de baixa qualidade, como: idade materna avançada, o método de inseminação, qualidade do sêmen, causa de infertilidade, entre outros. Porém, pouco se sabia a respeito do efeito da origem do espermatozoide no potencial de desenvolvimento do blastocisto.

Em um recente estudo, a equipe científica do Fertility - Centro de Fertilização Assistida, investigou se o impacto da origem do espermatozoide no potencial de formação de blastocistos. Espermatozoides não ejaculados, ou seja, retirados cirurgicamente dos testículos e epidídimos, têm sido usados para técnicas de reprodução assistida há quase duas décadas, porém estudos recentes sugerem que espermatozoides testiculares e epididimários resultam em taxas de gestação mais baixas, quando comparados a espermatozoides recuperados do ejaculado.

A pesquisa do Fertility provou que a origem do espermatozoide não é determinante para o sucesso de implantação do blastocisto. Surpreendentemente, um aumento de quase três vezes na probabilidade de formação de blastocistos foi observado quando foram utilizados espermatozoides testiculares ou epididimários. Segundo Daniela Braga, pesquisadora científica da clínica e autora do estudo, esse achado pode ser explicado pela menor exposição destes espermatozoides às espécies reativas de oxigênio, quando comparados a espermatozoides ejaculados. “De qualquer maneira, mais estudos devem ser realizados para confirmar nossas descobertas”, ressalta a pesquisadora.

Fonte: Fertility Press / Informativo trimestral do Fertility, Centro de Fertilização Assistida. http://www.embriofert.com.br/

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Como se inicia uma gravidez segundo o espiritismo


Bom dia,

Espero não ofender ninguém ao publicar este texto de cunho religioso. Não tenho a mínima intenção de impor ou expor uma crença aqui. Eu busco sempre informações relevantes, curiosas e interessantes a respeito da gestação. Hoje cedo vi esse artigo no Facebook e achei muito bonito. Eu, particularmente, me identifico. Eu creio nesse processo de formação da vida passando por todas essas etapas. Para quem se interessa pelo tema, eu recomendo a leitura.

Tenham um excelente fim de semana! 
Com carinho,
D.A.

Reencarnação

Como se inicia o processo da gravidez!

Na hora em que o óvulo é anexado ao espermatozoide dentro do útero de uma mulher, existem energias ali, positivas ou negativas nas paredes do útero, no seu corpo que definem o estado das primeiras células, se vai estar em estado negativo ou não, estas energias se forem de uma concepção feita com o amor em harmonia, serão positivas, se o feto está sendo gerado devido a algum estrupo ou sexo sem amor, traições, interesses, as energias que vão estar impregnadas nas paredes do útero serão negativas.
Após a fecundação, tudo já está determinado por Deus, de maneira indireta, que é através de seus auxiliadores espirituais, qual vai ser o espírito que vai ter a graça de poder se reencarnar naquela vida que está se formando.

Surge então um fio muito fino feito de energias que liga o pequeno feto ao espírito que foi escolhido, o espírito a partir daí já tem a certeza de sua reencarnação e fica em estado de alegria, de euforia em saber que vai ter uma nova chance de pagar seus pecados e se evoluir espiritualmente, começa a fazer mais planos de tudo o que pretende fazer para que não caia em armadilhas e fique estacionado no plano espiritual, sente um grande amor vindo de Deus em se lembrar dele e se promete em ser um homem ou mulher de boa índole para não cair nos vícios mundanos outra vez.
Após a fecundação do óvulo as energias mesmo negativas se tornam boas energias vindas de Deus, o milagre da vida acontece, a mulher muda suas feições e fica com um ar de mãe no rosto, suas feições ficam vivas, os olhos demonstram que dentro dela está acontecendo um ato divino.

Este fio que parece uma linha, mas feito de energia pura, não se rompe, esta energia vem do cosmo, do universo, faz parte da criação, ela percorre longas distancias, e não tem possibilidade de se partir, porque ela é renovada sempre com as energias que estão no universo desde o princípio das coisas.


Primeiro Mês

O espírito que está ligado ao feto por um fio começa a sentir um torpor, certa sonolência em pensar, fica mais difícil agir, o fio que os une fica mais grosso, no final do primeiro mês ele já tem mais ou menos dois milímetros de diâmetro.


Segundo Mês

Ainda com consciência o espírito procura um contato com seus futuros pais, tenta participar de sonhos durante a noite, tenta um contato, tem vontade de se revelar e pedir a seus pais que o aceitem, sente ansiedade, sua espiritualidade esta ligada a da mãe, quando a mãe está nervosa ou cansada, o feto mesmo com dois meses já tem uma pé visualização do caráter e dos sentimentos de sua futura mãe.


Terceiro Mês

O cordão que une o espírito ao feto já é mais grosso, como um cordão umbilical, só que de pura energia, este cordão liga o feto ao espírito que geralmente fica próximo, se a mãe tem problemas de aceitação da nova gestação, ou problemas de relacionamento com seu parceiro, ela envia energias ao feto sob a forma negativa, mas o amor materno já é mais forte e acaba purificando a concepção do feto e do cordão que une o feto ao espírito.


Quarto Mês

Há esta hora o espírito que está ligado ao feto esta completamente adormecido para vida espiritual e começa a ter uma vida intrauterina, brinca se mexe às vezes este período se dá no terceiro mês, suas lembranças da vida passada e da vida espiritual vão se guardando no subconsciente, que por sua vez são transferidas ao períspirito que já está se anexando ao novo corpo, em seu cérebro ficam gravadas vagas lembranças, as coisas que o espírito sabe como tocar música, situações que marcaram muito, coisas que aprendeu em vidas passadas, fica marcadas na memória do bebê, de forma que quando ele crescer vai ter mais facilidade ou aptidões ligadas a experiências do espírito.

Quinto Mês

Neste mês o espírito já com seu períspirito anexado ao bebê e com o cordão umbilical feito de energia espiritual já com dois centímetros de diâmetro, se o espírito não estiver ainda no corpo do bebê, este cordão atrai o espírito para junto de seu períspirito, nesta hora o espírito se incorpora de maneira definitiva ao bebê e começa a ter informações vindas do cérebro do bebê com mais intensidade, carinhos que a mãe faz, vozes, barulhos, tudo isso vai ficando registrado no espírito do bebê que já está ali dentro da barriga da mãe, os pensamentos do espírito e sua consciência começam a voltar gradualmente, mas já usando os neurônios ainda em formação do bebê, portanto o espírito nesta hora já está pensando como um bebê.

A partir deste mês já está completa a transferência, a reencarnação de uma nova vida.

Sexto Mês

No sexto mês em diante o espírito já está completamente em nosso mundo, reencarnado, e daí para frente ele procura se adaptar ao novo corpo que lhe foi dado por Deus, seus pensamentos mesmo tendo algum carma a resolver aqui na terra, seus pensamentos são inocentes, as energias estão renovadas e em positividade, o espírito vai ter uma chance de recomeçar do zero na vida carnal.


Sétimo mês

No sétimo mês de gestação o cérebro do bebê ainda em desenvolvimento final não está preparado para receber a consciência e a personalidade do seu espírito, estas funções ainda ficam como que adormecidas, o espírito também sente sua individualidade e seu modo de pensar adormecido, o bebê está restrito ainda aos primeiros instintos humanos, fome, dor, sono, alegria, tristeza, os movimentos do bebê são involuntários e sem coordenação motora.

A verdadeira personalidade que está estampada no íntimo do espírito só aparece entre os seis e sete anos, isto porque primeiro ele precisa receber nos primeiros anos de vida a educação, o amor e o caráter de sua família.

No sétimo mês o espírito tem ligeiros momentos de lucidez onde ele vê sua próxima encarnação e seus resgates de antigos carmas que ele precisa fazer, muitos espíritos ainda sem evolução espiritual se intimidam por saberem que sua nova vida vai ter que passar por momentos difíceis, outros que já tem um pouco mais de adiantamento espiritual, ajudam a sua próxima família a recebê-lo em sua nova jornada, costumam visitar sua nova mãe e pai em sonhos durante a noite, outros conseguem magnetizar primeiramente o útero e depois o corpo todo de sua progenitora, trazendo energias positivas e restauradoras.

A concepção de uma nova vida é abençoada por Deus, as dores e os sofrimentos de uma mãe antes do parto são recompensadas a ela pelo amor que ela vai receber em seguida, este amor não é um amor comum, não é um amor de filho para mãe, um amor espiritual que atravessa encarnações.

Oitavo mês e o nono mês

O espírito já inteiramente lúcido e ligado ao seu novo corpo já não pertence mais ao mundo espiritual, a ansiedade toma conta de seu ser, tudo que ele deseja é que o parto seja breve e que tudo saia bem, ele escuta a voz de sua Mãe e seu Pai, sente o amor que vem dos dois, em sua mente já sabe que vai nascer para o mundo, em suas lembranças não sabe mais que está reencarnando, nem sabe de suas vidas passadas, um novo começo se abre em seu horizonte, ele sabe que irá ter uma nova chance e vai começar do zero, até a sua inteligência e seu conhecimento ficaram adormecidos, sua aparência vai ser de um bebê com a inocência divina, um anjo que nasce, a doçura e a fragilidade nos cuidados só despertam os instintos de Mãe.

Esta é a contribuição de Deus para o mundo um dia ficar melhor, a cada momento nasce um anjo novo, uma nova vida.


Fonte: Espiritismo Família

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Diagnóstico precoce de alterações cromossômicas no sangue materno


Novo exame faz o diagnóstico precoce de alterações cromossômicas no sangue materno
O exame será lançado durante uma palestra gratuita no evento “Encontros com a Ciência”, no próximo dia 4 de maio, das 9h às 11h, sobre o diagnóstico em doenças cromossômicas. O evento é promovido pelo Centro de Reprodução Humana Nilo Frantz e direcionado a médicos, estudantes e profissionais da saúde.

O Centro de Reprodução Humana Nilo Frantz (Porto Alegre, RS) realiza no dia 4 de maio (sábado) o evento “Encontros com a Ciência”, com a presença dos especialistas Ricardo Oliveira, diretor médico e fundador da RDO Diagnósticos\SP e professor da Boston University, School of Medicine, e do chefe de genética da RDO Diagnósticos\SP e professor do Instituto de Qualidade, Ciência e Tecnologia\SP, Roberto de Souza, para abordar o tema Diagnóstico Precoce de Alterações Cromossômicas no Sangue Materno. Na oportunidade, a clínica lançará na capital, em parceria com o RDO Diagnósticos Médico\SP, o primeiro exame de sangue capaz de detectar problemas cromossômicos no feto a partir da nona semana de gravidez. O exame que investiga as alterações cromossômicas é comercializado nos Estados Unidos há mais de um ano e foi criado para diagnosticar precocemente a presença de síndrome de Down e de outras doenças genéticas no feto. 

Até hoje no Brasil o exame realizado para identificar síndromes congênitas é amniocentese e o estudo da vilosidade corial, um exame no qual é inserida uma agulha no abdômen da gestante para a remoção de pequenas quantidades de líquido amniótico e ou fragmentos de placenta que são analisadas em laboratório. Esses exames são realizados a partir da 12ª e 16ª semana de gestação, portanto bem mais no decorrer da gestação. Segundo o diretor do Centro, Dr. Nilo Frantz, o exame vem revolucionar o diagnóstico de forma não invasiva e com maior precocidade na gestação (nove semanas).

Novas Possibilidades
O exame analisa, pelo sangue materno, alguns pares cromossômicos do bebê na fase inicial de gestação, demorando cerca de dez dias para apresentar o resultado. “O teste é feito através da coleta do sangue periférico materno e vai para o laboratório, onde é feita a análise do material genético do feto que fica circulando no sangue da mãe durante a gestação”, explica o especialista.
Diagnóstico
A versão mais completa do teste detecta as principais doenças cromossômicas: Síndrome de Down (Trissomia do cromossomo 21), Síndrome de Edwards (Trissomia do cromossomo 13) e alterações dos cromossomas x e y, além do sexo do feto. “O exame não coloca em risco o bem-estar do bebê, pois é um simples exame de sangue da mãe, que não entra em contato com a bolsa amniótica, que protege e abriga o feto, evitando o risco de um aborto espontâneo, ao contrário da amniocentese”, explica Nilo Frantz. Outra vantagem do exame é que ele pode ser feito em qualquer momento a partir de nove semanas de gestação.

Fonte: Paula Oliveira de Sá / Jornalista (DRT/RS 8575)

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Depressão e FIV (entrevista)



De repente, tudo perde a graça. O que antes era uma delícia, como sair para almoçar em um restaurante, passear no shopping, ir ao cinema, torna-se sinônimo de sacrifício. Até mesmo as atividades cotidianas, como cuidar da casa e de si próprio é cada vez mais difícil.
Se isso está acontecendo com você, em meio a esse processo todo de tratamentos para engravidar, calma. Os sentimentos que envolvem a dificuldade para engravidar podem ficar potencializados em algumas fases, durante ou fora do tratamento.
Você e o seu parceiro precisam estar atentos. A tristeza é comum, parte do processo e é até saudável. Todos nós temos nossos momentos. Ninguém fica feliz 100%, assim como não estamos sempre com a saúde em dia; às vezes ficamos gripados ou com uma dor de barriga. O mesmo acontece com o nosso emocional. Ele se abala. Principalmente em situações de estresse. E ele precisa enfrentar todas as etapas para se reestabelecer. O que não pode é "emperrar" em um determinado estado, principalmente, o da tristeza. Porque aí ela pode virar o que os psicólogos e médicos chamam de patológica, ou seja, vira uma doença: a depressão.
Acompanhe a conversa que tive com Luciana Leis, psicóloga com enfoque no atendimento a casais com dificuldades de gravidez. Ela explica os limites entre a tristeza considerada sadia e quando ela passa a dar sinais de depressão.

Como identificar quando a tristeza está a um passo de se tornar depressão?
O sentimento de tristeza é bastante comum em meio à vivência de dificuldade de gravidez, porém, tristeza é diferente de depressão. Na depressão há uma intensidade maior dos sentimentos de tristeza, perda da vontade de viver, falta de motivação para realizar as atividades rotineiras, perda da libido, do apetite e, em alguns casos, insônia. Quando a depressão é mais grave, ideias de acabar com a própria vida também podem aparecer. No caso da depressão, os medicamentos, dependendo da intensidade dos sintomas, podem ser imprescindíveis.


No caso das pacientes / casais que estão no processo de tratamento de reprodução assistida ou em um intervalo, como proceder para não deixar a peteca cair?
Dentro do possível, buscar motivação em outros projetos e atividades que lhe deem prazer e que estejam mais dentro do que depende de você, pois, a maioria das pessoas que estão nesta fase, tende a investir somente no tratamento ou em assuntos que se relacionem à infertilidade. Assim, investir em projetos novos no trabalho pode ser uma boa, assim como, iniciar um curso que você sempre quis fazer, organizar o tempo a fim de garantir um lazer, uma atividade para o casal, entre outros.

É muito comum que o tema "filho" seja algo recorrente na vida deste casal. Afinal, torna-se um plano de vida, principalmente por requerer tantos recursos (financeiros, emocional, tempo). Quando ele não chega logo, a angústia toma conta. Ela pode se tornar patológica?
Pode sim, o que determina a patologia é o nível de intensidade da angústia. Sentir angústia não é patológico, mas estar tomado por ela sim. No caso das patologias podemos incluir, por exemplo, os transtornos de ansiedade generalizada, insônia, compulsão por comer, depressão, ataques de pânico etc.


O desejo pode se tornar obsessão? 
O desejo pode sim se tornar uma obsessão, aliás, isso é mais comum do que se imagina. Na obsessão, há um pensamento constante a tudo que se relacione à dificuldade de gravidez e seus tratamentos; a pessoa tende a ter dificuldade de pensar, falar e investir em outras coisas que não estejam relacionadas a esse assunto.

Por que a maioria das pessoas, inclusive familiares, não conseguem compreender essa tristeza e até nos repreendem por não conseguirmos reagir, exigindo que enfrentemos o mundo real, com suas grávidas felizes e seus bebês?
A sociedade tende a não reconhecer essa dor, pois isso pode ser sinal de fraqueza e de não estar bem. No mundo atual, cada vez mais se espera que as pessoas sejam bem resolvidas, felizes e bonitas, independente do momento que estejam passando. A dor costuma incomodar as pessoas que não sabem como lidar com ela.

Quando é chegada a hora de buscar por auxílio psicológico? 
Não é necessário que os sentimentos depressivos e de angústia estejam demasiadamente intensos para buscar ajuda, inclusive, é desejável que se busque antes, justamente, para evitarmos que se chegue a esse estado mais patológico, como já referido até agora. Antes de tudo, é necessário motivação e abertura por parte da pessoa que busca ajuda de procurar entender e mudar muitos dos sentimentos que vivencia com o auxílio de um profissional especializado.

Pode ser necessário o uso de medicamentos? Nesse caso, quem indicará o encaminhamento ao psiquiatra?
Os medicamentos podem ser bastante úteis para uma melhora eficaz e mais rápida. Vale lembrar, que nem todos os casos precisam de uso de medicação. Um bom psicólogo poderá avaliar a necessidade de cada caso para fazer o encaminhamento ao médico psiquiatra.

Existe alguma alternativa para aqueles que não têm recursos para iniciar um tratamento psicoterápico no momento?
Os grupos de autoajuda da internet podem ajudar a aliviar essa dor pelo compartilhamento das experiências com outras pessoas que vivenciam esse problema, porém, como não há um intermediador psicólogo nestes grupos, corre-se o risco de que haja uma “contaminação” da pessoa com os problemas do outro, que não lhe pertencem. A ajuda de um psicólogo acaba sendo o melhor caminho. Nos postos de saúde do SUS há ambulatórios de saúde mental onde o atendimento é gratuito, além disso, universidades que disponham de cursos de psicologia também tem esse serviço gratuito ou a baixos custos.

Quais outros recursos podem ser úteis?
Ajuda especializada é o mais indicado, no entanto, dividir seus sentimentos com o marido, amigo ou parente próximo também pode ajudar, pois a luta tende a ser menos solitária e reforçar redes de apoio nunca é demais.

Fonte: Luciana Leis, psicóloga com enfoque no atendimento a casais com dificuldades de gravidez. Blog: http://lucianaleis.wordpress.comCRP: 06/65352

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Novo tratamento aumenta chances de gravidez na FIV


Estudo que foi apresentado na Espanha pelo Centro de Reprodução Humana do IPGO recebeu o nome de IEG (Infusão Endométrial de Gonadotrofina ) antes da transferência de embriões, melhora as taxas de gravidez nos tratamentos de Fertilização in vitro em até 30%

Um recente estudo realizado pelo Centro de Reprodução Humana do IPGO, em São Paulo, foi apresentado na Espanha durante 5º Congresso do IVI (Instituto Valenciano de Infertilidade) entre os dias 5 a 8 de abril de 2013. O trabalho  demonstrou que a infusão intra-uterina do hormônio chamado gonadotrofina coriônica humana (hcg) – (Brevactid® ou Choriomon®) aplicado antes da transferência de embriões nos tratamentos de fertilização in vitro (FIV) aumenta as chances de sucesso em pacientes com falhas repetidas em tratamentos anteriores. Este estudo prospectivo randomizado foi realizado pelos médicos Arnaldo Schizzi Cambiaghi, Rogério B. F. Leão e Amanda Alvarez foi batizado como o nome de IEG (Infusão Endométrial de Gonadotrofina). Baseou-se na observação que nos últimos anos houve muito avanço nas técnicas de reprodução assistida, mas a taxa de sucesso ainda está entre 30 a 50% por ciclo . Estima-se que 50 a 75% das causas são as falhas na implantação sem motivos aparentes, portanto muito esforço vem sendo feito para se tentar melhorá-la. Sabe-se que há vários fatores que contribuem para o embrião conseguir se implantar ao útero e que a qualidade do embrião e a receptividade do endométrio interferem nesse sucesso. A implantação é um processo complexo e muitos fatores estão envolvidos como, por exemplo, a gonadotrofina coriônica humana (hCG) – (Brevactid® ou Choriomon®). Esse hormônio é secretado pelo embrião e tem papel fundamental na “penetração” do embrião no endométrio e na regulação da tolerância imunológica ao embrião, essenciais para implantação. Além disso o hcg regula a liberação de várias substâncias importantes para esse processo. Dessa forma, surgiu a idéia de que a infusão de hcg diretamente no endométrio poderia melhorar a taxa de implantação.

Como foi realizado: entre Janeiro e Dezembro de 2012 foram selecionadas 36 mulheres com indicação de FIV que apresentavam pelo menos 2 falhas prévias em ciclos de FIV com transferência de pelo menos 1 embrião. Todas foram submetidas ao mesmo protocolo de indução da ovulação. No dia da transferência de embriões (em fase de blastocisto), no Grupo 1, as pacientes foram submetidas ao IEG com infusão de 500 IU de hCG 6 horas antes da transferência de embriões. No Grupo 2, foram direto para a transferência, seguindo o protocolo usual de todas as clínicas.

Resultados: Com o uso do IEG foram observados aumentos de 30% na taxa de gravidez clínica (38.8% vs 27.8%) e implantação (22,5% vs 15,8%). Entretanto, do ponto de vista estatístico, esta diferença não deve ser considerada significativa, em decorrência do número de pacientes avaliados ser pequeno.
A conclusão é que o procedimento parece aumentar a taxa de implantação e gravidez clínica nos ciclos de FIV e representa uma boa opção complementar em pacientes submetidas a estes tratamentos.
O IEG é mais uma possibilidade de tratamento que pode ser incorporada na rotina dos tratamentos de fertilização que ainda não foram bem sucedidos .

Referências:

1- de Mouzon J, Lancaster P, Nygren KG, Sullivan E, Zegers-Hochschild F, Mansour R, et al, International Committee for Monitoring Assisted Reproductive Technology. World collaborative report on Assisted Reproductive Technology, 2002 [published correction appears in Hum Reprod 2010;25:1345]. Hum Reprod 2009;24:2310–20.
2- Norwitz ER, Schust DJ, Fisher SJ. Implantation and the survival of early pregnancy. N Engl J Med 2001;345:1400–8.
3- Psychoyos A. Uterine receptivity for nidation. Ann NYAcad Sci 1986;476:36–42.
4- Tsampalas M, Gridelet V, Berndt S, Foidart JM, Geenen V, Perrier d’Hauterive S. Human chorionic gonadotropin: a hormone with immunological and angiogenic properties. J Reprod Immunol 2010;85:93–8.
5- Burton GJ. Early placental development. Placenta 2006;27:A2.
6- Zenclussen AC, Gerlof K, Zenclussen ML, Ritschel S, Zambon Bertoja A, Fest S, et al. Regulatory T cells induce a privileged tolerant microenvironment at the fetal-maternal interface. Eur J Immunol 2006;36:82–94.
7- Licht P, L€osch A, Dittrich R, Neuwinger J, Siebzehnr€ubl E, Wildt L. Novel insights into human endometrial paracrinology and embryo-maternal communication by intrauterine microdialysis. Hum Reprod Update 1998;4:532–8.
8- Mansour R, Tawab N, Kamal O, El-Faissal Y, Serour A, Aboulghar M, et al. Intrauterine injection of human chorionic gonadotropin before embryo transfer significantly improves the implantation and pregnancy rates in in vitro fertilization/
intracytoplasmic sperm injection: a prospective randomized study. Fertil Steril 2011;96:1370–4.

Fonte: http://www.ipgo.com.br/ipgo-apresenta-em-congresso-internacional-na-espanha-novo-tratamento-que-aumenta-as-chances-de-gravidez-na-fertilizacao-in-vitro/