quinta-feira, 2 de maio de 2013

Pesquisa: origem do espermatozoide e implantação do blastocisto


Pesquisa comprova que origem do espermatozoide não é determinante para implantação do embrião em estágio de blastocisto

A transferência de embriões em estágio de blastocisto, após o cultivo estendido, resulta em taxas de implantação significantemente mais altas, quando comparada à transferência de embriões em estágios mais precoces de desenvolvimento.

Prolongar o período de cultura permite uma melhor seleção de embriões com maior potencial de implantação e uma melhor sincronização entre o útero e o estágio de vida do embrião. Além disso, por conta da elevada taxa de implantação, transferências de um único blastocisto são capazes de aumentar a chance de gravidez e reduzir o risco de gestações múltiplas.

Embora vários estudos tenham mostrado um melhor resultado da transferência de blastocisto, quando comparada à transferência de embriões em estágios mais precoces, nem todos os pacientes se beneficiam do adiamento da transferência de embriões. Vários fatores clínicos têm sido associados com o desenvolvimento de blastocistos de baixa qualidade, como: idade materna avançada, o método de inseminação, qualidade do sêmen, causa de infertilidade, entre outros. Porém, pouco se sabia a respeito do efeito da origem do espermatozoide no potencial de desenvolvimento do blastocisto.

Em um recente estudo, a equipe científica do Fertility - Centro de Fertilização Assistida, investigou se o impacto da origem do espermatozoide no potencial de formação de blastocistos. Espermatozoides não ejaculados, ou seja, retirados cirurgicamente dos testículos e epidídimos, têm sido usados para técnicas de reprodução assistida há quase duas décadas, porém estudos recentes sugerem que espermatozoides testiculares e epididimários resultam em taxas de gestação mais baixas, quando comparados a espermatozoides recuperados do ejaculado.

A pesquisa do Fertility provou que a origem do espermatozoide não é determinante para o sucesso de implantação do blastocisto. Surpreendentemente, um aumento de quase três vezes na probabilidade de formação de blastocistos foi observado quando foram utilizados espermatozoides testiculares ou epididimários. Segundo Daniela Braga, pesquisadora científica da clínica e autora do estudo, esse achado pode ser explicado pela menor exposição destes espermatozoides às espécies reativas de oxigênio, quando comparados a espermatozoides ejaculados. “De qualquer maneira, mais estudos devem ser realizados para confirmar nossas descobertas”, ressalta a pesquisadora.

Fonte: Fertility Press / Informativo trimestral do Fertility, Centro de Fertilização Assistida. http://www.embriofert.com.br/

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